Em Re-construção Constante

Não adianta parar, o caminho não termina porque você cansou. Ele termina quando você chega.







quarta-feira, novembro 18, 2009

Circulando



Ainda aprendendo a receber como vem, deixar passar atraves, e por fim deixar sair.

Descobrindo que eu tenho mais escudos do que espadas (nao tem nada de teoria freudiana aqui, nada de inveja do penis ou complexo de castracao, estou falando de energias. Inveja do penduricalho e complexo de castracao sao palido reflexos de um outro mundo - alias, soh para fugir ao tema, sabia que a primeira inveja eh do seio e nao do penis?).

Voltando:

Take it as it comes, let it through, let it out.
But the imprint may last forever.

7 comentários:

Anônimo disse...

moral da historia:
penis versus seios!
escudos e espadas...sempre o medo!

Madame Nada disse...

Mas vc percebe que isso sao representacoes palidas? Eh apenas a maneira tosca que interpretamos a realidade, porque o real nao existe, e se existe a gente nao ve, rs.

Anônimo disse...

dea (kali) , leigamente (eu não manjo), mas diria que, o que não é projeção ou sublimação (escudos, couraças etc) é real. (nem que seja a sua realidade).
basicamente o que vc "sente" é real (a memoria afetiva ou poetica).
bjao!
ps: e por essa linha, os traumas seriam reais divisores (já que são irreais, mas quando existentes geram o resto). ou não? ;o)

Madame Nada disse...

Segundo Lacan, a gente nao eh capaz de suportar o real, entao por isso a gente cria a realidade, que sempre vai possuir fantasia, projecoes, etc.

Na verdade, pelo que tenho visto, tudo eh projecao e introjecao. De qualquer forma, eh uma questao de conceito, e a gente interpreta o mundo de acordo com os conceitos que tomamos como validos. Enfim, se nao podemos concordar com o que seja real, er. isso eh uma prova de que o real eh subjetivo.

Sublimacao eh o que permite com que a gente nao se comporte como os macacos Bonobos, rs, e escreva poesias, pinte quadros, pesquise fisica quantica e escreva blogs.

Eu nao tenho mais a ilusao do real, e por isso aceito minha psicose, entao, assim, vendo rapidamente, eu ate pareco normal...

Anônimo disse...

Bonjour, universoliquido.blogspot.com!
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Renato disse...

Isso me fez lembrar de um texto de Krishnamurti, que a Lulu passou pra mim. Vou botar ele aqui pra vocês também!

"Nossa moral atual está baseada no passado ou no futuro, no tradicional ou no que "deveria ser". O que "deveria ser" é o ideal, em oposição ao que "foi"; é o futuro em conflito com o passado. A não-violência é o ideal, o que "deveria ser"; e o que "foi" é a violência. O que "foi" projeta o que "deveria ser"; o ideal é de fabricação doméstica, sendo projetado pelo seu próprio oposto - o real. A antítese é o prolongamento da tese; o oposto contém o elemento do oposto respectivo. Sendo violenta, a mente projeta o seu oposto, o ideal de não-violência. Diz-se que o ideal ajuda a dominar seu oposto; mas é exato ? O ideal não é uma maneira de evitar, fugir ao que "foi" ou ao que "é"? O conflito entre o real e o ideal é evidentemente um meio de adiar a compreensão do real, e esse conflito apenas cria outro problema, que ajuda a esconder o problema imediato. O ideal é uma maravilhosa e respeitável fuga do real. O ideal da não-violência, tal como o da Utopia coletaiva, é fictício; o ideal, o que "deveria ser", ajuda a esconder e a evitar o que "é". A luta pelo ideal é busca de recompensa. Pois abster-vos de buscar recompensas mundanas, achando tal desejo estúpido e primitivo, como de fato é; mas a vossa luta pelo ideal representa uma busca de recompensa, num plano diferente, o que é igualmente estúpido. O ideal é uma compensação, um estado fictício conjurado pela mente. Sendo violenta, separatista e ambiciosa, a mente projeta uma compensação agradável, a ficção a que chama ideal, Utopia ou futuro, e se esforça em vão para alcançá-la. Esse próprio esforço representa conflito, mas é tbém uma maneira conveniente de adiar a compreensão do real. O ideal, o que "deveria ser", não ajuda a compreender o que "é", pelo contrário, impede-lhe a compreensão. A compreensão do que "é" só se torna possível quando o ideal, o que "deveria ser", foi apagado da mente. Isto é, quando o falso é percebido como falso. Para se compreender o real, é preciso estar em comunhão direta com ele; não pode existir relação com ele, através da cortina do ideal ou através da cortina do passado, da tradição, da experiência. Estar livre da maneira errada de começar é o único problema. Isto significa, com efeito, que se precisa compreender o condicionamento, que é a mente. Compreender a mente, que é o movimento da vida, é compreender as dores e prazeres, a ilusão e a claridade, a arrogância e a afetação de humildade. É estar côncio do desejo e do medo.
Só no espelho das relações a mente pode ser compreendida, e deveis começar por olhar-vos nesse espelho."
(Por KrishnaMurti em Reflexãoes Sobre a Vida)

Madame Nada disse...

Vcs acham que aquele link pro site do viagra que botaram ali em cima foi porque rastrearam a palavra 'falo' no meu blog?

Bom texto, Renato. Mas o maior problema eh que mesmo sem o 'ideal' nao sabemos o que eh real, apenas o que eh realidade (que em termos lacanianos, pelo que entendi, eh o real com certo nivel de projecao e fantasia para se tornar suportavel). A tal realidade nua e crua eh algo que talvez nao possamos nunca apreender. A tal percepcao fenomenologica, eu acho.