CAPÍTULO 1 - CONTINUAÇÃO
MISSÃO
A missão da liberdade verdadeira, a liberdade do espírito, da alma, tem como consequência a liberdade do corpo. O corpo lembrou-se. Não é mais a prisão. O corpo é instrumento.
Limpe-se da cultura, limpe-se do que você aprendeu por entre a humanidade. Você está lá, mas você não mais pertence a eles. E agora você pensa “o prazer se foi”, mas o que se foi foi a dor. Em breve você irá perceber que o que você chamava de prazer, era apenas dor. Deixe ir, deixe tudo ir. Não olhe para trás. Quem pra trás olha, vira estátua de sal.
Pessoas irão passar, algumas parecerão ficar, mas elas irão passar também. Você está por você mesmo, mas você não está só. Não a solidão dos homens, mas uma solidão que por si só já é companhia. Seu vício humano de estar sempre acompanhado vai tentar te convencer que você está sofrendo, mas não o deixe te convencer a voltar, até porque toda volta é ilusória. Apenas tente olhar para o alto. Levante sua cabeça, mesmo que doa no começo. Logo a dor passará e você verá finalmente que estava se desesperando sem razão.
Toda esta loucura que você chama normalidade agora, irá aparecer como realmente é: uma coleção de nós, bloqueios, para te manter cego, para te manter acreditando que você está vivendo a vida, quando na verdade você é um zumbi.
Não tenha pena de si mesmo, não se dê tanta auto-importância, mas também não seja cruel. Ser cruel com você mesmo ainda é auto-importância, uma auto-importância masoquista, mas ainda assim uma auto-importância. Apenas permita-se morrer, sem piedade, mas tambem sem perversidade. Apenas uma simples e honesta morte. Uma que irá te libertar. Uma que irá te renascer.
Obrigada por have matado o resto de mim, e agora eu sou livre.
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