Sentada na cozinha da casa
Eu vejo a maldição em curso
Eu sempre a observo
No olhar de cada passante
Quem está desperto?
Quem está liberto?
Lá no alto do morro verde
A maldição está em curso
As ovelhas pastam em paz
Alheias à maldição
Eu não
O pasto me parece tão amargo
Eu sei da foice que espera
Até que ponto tudo não passa de desejo de fuga?
A fuga do matadouro
Eu estou me dissolvendo
Para que um dia
Quem sabe
Eu me torne um caminho
para que o meu amor
Passe através
Nenhum comentário:
Postar um comentário