O coração floresce no silêncio e no escuro
Ele não precisa de luz externa a lhe guiar
O coração possui luz própria
O coração floresce no vazio
Suas pétalas abrem-se ao vento
Quando o mundo acaba
Quando você se consome
Eu queria ouvir a voz do coração
Como quem ouve a voz da mente
Mas a voz que pulsa é silenciosa
Sutil
Para ser sentida
Não ouvida com os ouvidos da cabeça
Estou impaciente
Porque ainda lamento a morte da minha semi-vida
Estou impaciente e intranquila
Porque ainda não me entreguei sem reservas ao coração
Estou impaciente
Porque ainda espero muito de um mundo que se foi
Alguém está desperto?
Por favor, puxe o meu pé
Como um fantasma puxa os pés dos adormecidos
Assuste-me até a morte
Me encante ou me apavore
Mas não me esqueça aqui
Dormente
Enquanto isso
Eu tento me lembrar
E é de tropeço em tropeço
Que um dia eu voo
Que se inicie o ciclo
Que acabará com todos os ciclos
Um comentário:
que belo exercício de palavras e intenções...
Postar um comentário