O que aprendi ao longo da vida é que estamos sempre no ponto inicial. Sei que afirmar isso pode parecer que estamos sempre estagnados, mas nada mais distante do que eu quis dizer.
Quando damos um passo, estamos deixando algo para traz e entrando em algo novo. Um novo passo é um novo início, e assim temos a possibilidade de estarmos sempre nos renovando.
Na verdade, a estagnação seria não dar passo algum ou tentarmos dar repetidamente o mesmo passo. Tentar fazer isso é se prender no passado, e o que se deve buscar em uma jornada é o momento presente.
O passo que daremos depois deste passo que estamos dando agora ainda não existe. Por tanto, quando, por fim, o dermos, ele também será novo. Então, ao invés de ficarmos ansiosos deveríamos nos animar com as novidades. Cada dia é um novo dia, cada passo é um novo passo, ou pelo menos assim deveriam ser encarados. Viver dessa maneira é se libertar do “feitiço do tempo”, das repetições infinitas, dos hábitos que aprisionam.
Como é viver assim? Eu também ainda não sei, eu também estou me esforçando para conquistar essa forma de encarar a vida. A única coisa que posso dizer é que isso me parece uma forma de encarar a realidade extremamente libertadora.
Um comentário:
brilhante exposição/ensaio
Postar um comentário