Vozes sussurram: "acorde, acorde", na esperança que sob as camadas densas de sonho e sono eu escute e atenda. Tudo gira a minha volta: o tempo, o mundo, o corpo, um enredo que me enreda em teias e teias de informação. Será que consigo achar, em meio as teias, um fio de Ariadne?
Só me resta fazer-me tão insignificante para que os caçadores de cabeça com espírito me ignorem. Parecer morta como um lagarto no frio, mas por dentro eu continuo pulsando.
Isso é poesia? Não. É um intento.
Um comentário:
Certo, mas a caverna por dentro do labirinto do eu pode ser escura também, e o fio de Ariadne deveria conduzir para fora, mas lá fora estão os caçadores de cabeça, o labirinto da informação, um 'mintonauro' de memes à caça de mentes. Um cortejo de vazios à caça de energia. Se o eu não busco a presença original, aquela antes do tempo-espaço-eu, o pai-mãe ancestrais, se não busco unir o Coração-Mente(shen)com o centro do Intento(Dan-Tien dos taoistas), minha vida não passa de uma ilusão sem sentido, a semente não germina a criança primordial nesta transitoriedade que sou.
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