“Porque somos criaturas de hábitos, nós precisamos praticar a ação apesar do medo, apesar da dúvida, apesar da preocupação, apesar da incerteza, apesar da inconveniência, apesar do desconforto, e mesmo praticar a ação quando não estamos dispostos a agir.”
“Viver baseado em segurança eh viver baseado no medo.”
T. Harv Eker
Entre intentar e atingir, é preciso agir. Mesmo o não-fazer como recomendado por D. Juan nos livros de Castaneda é um tipo de ação. Na verdade, o não-fazer é uma ação desconstrutora de hábitos, o que por sí só já é fantástico. O que me lembra que tenho que voltar a agir no não-fazer...
O que nos impede de agir fora do hábito em geral, e desta forma nos previne de realizar qualquer mudança é o medo. O desejo de inércia não é nada mais do que medo do que virá caso saiamos deste modo de operação. Isto explica porque muitas pessoas se mantém em situações extremamente nocívas. Elas sabem que não está bom, elas gostariam que melhorasse, mas a ação também poderia derivar em uma situaçéo imediata de desconforto, então melhor não fazer nada.
Em inglês se diz “better the devil you know” ou “melhor o diabo que você conhece”. Comodismo. Eu realmente acredito que mais do que a preguiça, é o medo que nos impele a não transformação. Paralizamos, e deixamos as coisas rolar. Mas eu nunca fui parar em nenhuma situação realmente transformadora seguindo o refrão da música “Deixo vida a mida me levar”.
Eu tive a sorte de ouvir de alguém ( e de ter alguem sempre me futucando) uma frase mais interessante : “Ou você empurra a vida, ou a vida te empurra”. Trocando em miúdos, você tem que conduzir sua transform-ação, uma transformação que venha
expontaneamente do nada pode ser mais arriscada do que a ação temida.
A questão é que o medo está aí, o tempo todo. Dizem que ter coragem não é não ter medo, é ter medo, ponderar (mas não aquele ponderar que é só o pensamento dando voltas para retadar a ação, mas o ponderar do intento) e agir mesmo com o frio na barriga. Quem não tem medo de nada é inconsequente, e tende a agir sem intento. Mas talvez consigamos chegar a um estágio ideal em que o medo não exista, mas acho que este estado só chega para aquele que já atuou sob a influência de todos os medos.
Eu tenho medo, sempre tive, mas ele nunca foi embora porque eu fiquei parada. Hora de deixar o diabo conhecido para trás e enfrentar o diabo desconhecido.
2 comentários:
Eu já to aqui! Huahuahuahuahuahuah
Uma gracinha, nao?
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